
A jornalista Tereza Cruvinel, no site Brasil 247 – NYT, Lava Jato e o programa nuclear brasileiro, ironiza matéria do jornal norte-americano The New York Times, que classifica o acordo nuclear brasileiro como “clandestino” (veja o trecho abaixo e a matéria na íntegra no link acima).
Bem, alguém perdeu a memória em meio do caminho, pois era exatamente essa a “dúvida” que pairava sobre o acordo, dando, em plena ditadura militar, origem a uma série de abaixo-assinados para se saber ao certo em que consistia o arranjo “desenvolvimentista” teuto-brasileiro.
Certo ou errado, o correto é dizer que para boa parte dos brasileiros o acordo era um bocado duvidoso e obscuro.
[O jornal americano The New York Times registrou com clara satisfação a prisão do almirante Othon Pinheiro da Silva, presidente afastado da Eletronuclear, apontando-o como chefe de um programa nuclear clandestino durante a ditadura e um “militar nacionalista” resgatado do ostracismo em 2003 pelo governo do presidente Lula.
O programa nuclear brasileiro nunca foi clandestino, vinculando-se inicialmente a um acordo internacional com a Alemanha, que muito irritou os Estados Unidos. Foi o acordo que possibilitou a construção das usinas Angra I e Angra II. Mas Angra III já vem sendo construída com tecnologia nacional pela Eletronuclear, tecnologia desenvolvida a partir das pesquisas estratégicas realizadas pela Marinha. Estas sim, tratadas como segredo de Estado, tanto quanto as empreendidas pelos países ricos nesta e em outras áreas. Othon teve papel relevante neste processo, do qual é considerado como principal líder intelectual.]