
Os índices de qualquer pesquisa não são absolutos.
Tendem a se alterar com o tempo e com a aproximação do pleito.
Por exemplo, os 55% de rejeição a Lula da Silva devem se alterar nesse período, tendendo a diminuir.
Assim como dos demais, mas não necessariamente na mesma proporção.
Os 23% de “certeza do voto” do mesmo Lula seguirão a mesma lógica, tendendo a aumentar.
Assim como dos demais, especialmente daqueles que apresentem fôlego eleitoral para chegar ou quase chegar ao segundo turno.
A intenção de votos (Marina, 28%, e Aécio, 27%) segue igualmente a mesma lógica, tendendo a aumentar.
O que, do lado petista, muita gente está fazendo é somar 23 (certeza de voto) com 18 (intenção de voto), o que perfaria 41% dos votos finais.
No caso de Marina, seria 11 + 28 = 39%.
E de Aécio, 15 + 27 = 42%.
Já do lado anti-petista conta-se com os 55% de rejeição ao nome de Lula (100-55 = 45%).
Embora, neste último caso o petista tenha um bom (45%) número de votos, em segundo turno, expurgados brancos e nulos, o seu adversário venceria (fosse quem fosse), segundo a lógica matemática de seus adversários.
Lógica ruim
São ambas lógicas ruins.
Todos os índices da pesquisa tendem a se alterar (como sempre se alteram), especialmente, para 2018, por conta de dois fatores:
– os desdobramentos das investigações da Lava Jato;
– a reação de parte da sociedade brasileira, atualmente inerte e perplexa, mas a grande beneficiária dos programas sociais do governo federal.
Se Lula da Silva aparecer de vez nas investigações, o certo é que seu nome seja inviabilizado, seja pela justiça, seja pelo próprio partido.
Se não, ele passa a ser um concorrente de peso, aliás, como sempre foi, posto já ter ao seu lado a maioria do que se chama “sociedade civil organizada”, naco eleitoral do qual Marina Silva pode tirar um pedaço (e talvez apenas ela).
Veja os quadros
Certeza de voto – (Em quem os eleitores votariam com certeza)
– Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 23%
– Senador Aécio Neves (PSDB-MG): 15%
– Ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (Rede): 11%
– Senador José Serra (PSDB-SP): 8%;
– Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
– Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE): 4%
Rejeição – (Não votaria de jeito nenhum)
– Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 55%
– Senador José Serra (PSDB-SP): 54%;
– Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB): 52%
– Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE): 52%;
– Ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (Rede): 50%;
– Senador Aécio Neves (PSDB-MG): 47%.
Possibilidade de voto – (Poderia votar)
– Ex-ministra e ex-senadora Marina Silva: 28%;
– Senador Aécio Neves: 27%;
– Senador José Serra: 24%;
– Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: 23%;
– Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 18%;
– Ex-ministro Ciro Gomes: 16%.
Obs. Não se mistura votos de candidatos diferentes, mas de mesmo partido, como no caso do PSDB.
Aécio, Geraldo e Serra não disputarão entre si a presidência.
O correto é indicar a capacidade dos outros candidatos contra cada um dos tucanos.