Quarta-feira, 16/12/2015, o dia em que o Brasil entrou em pânico

Bibi
Crédito da ilustração: http://www.idadecerta.com.br

É difícil saber o que mais apavorou o Brasil ontem:

(1) se o voto do ministro Fachin, do STF, que levou o Palácio do Planalto ao desespero e à depressão;

(2) ou se a suspensão dos serviços do WhatsApp por míseras 48 horas.

Pelo pavor maior exposto, aparenta, para os brasileiros, que o ser humano surgiu há alguns milhares de anos grudado na tralha eletrônica, portanto, esta muito mais importante que o oxigênio e a água.

Sempre se dá um jeito de ir ao supermercado comprar uma garrafinha do líquido e numa loja especializada adquirir um botijãozinho de oxigênio, acompanhado da indispensável máscara.

Mas… ó Deus, como viver sem o WhatsApp?

Já o voto de Fachin, se alegrou toda galera anti-dilmista, levou a presidente e seus assessores a um enorme desânimo.

Se os outros ministros e as ministras seguirem a linha de Fachin, o Planalto entende que a saída é re-arrumar a base aliada e tentar bater o impeachment ainda na Câmara.

Se passar pela Casa, ainda dominada por Eduardo Cunha, necessariamente o Senado tem de acatar a decisão e a partir daí Dilma Rousseff tem de se afastar por 180 dias até que o processo seja todo ele concluído.

Trata-se, por óbvio, de um caminho sem volta.

Saiu não volta mais.

Sem toalha

Dilma Rousseff não é mulher de jogar a toalha.

Vai até o fim na luta, com ou sem acompanhantes, principalmente aquele que agora deu de falar besteiras sobre a responsabilidade dos portugueses na precariedade da educação brasileira.

Disse, mas depois disse que não disse.

Já conhecemos a estratégia: “não vi”, “não sei de nada”, “não disse”, “mas se disse fui mal interpretado”.

E assim segue a árdua vida da presidente da República Federativa do Brasil.

Mas acrescente-se em pé de texto que o governo também está desanimadíssimo com os rumos da economia, o que, de resto, piora a crise política que foi forjada à sombra da crise econômica, que a própria presidente diz ter sido negligenciada, por ela e pelo seu antecessor.

A diferença entre ambos é que quando a presidente diz alguma coisa ela se garante até o fim, sem essa de “disse” e de “não disse”.

As próprias previsões do governo para a economia ano que vem são péssimas.

Diria quase piores que as previsões do tal do mercado.

Já se especulou (durante todo este ano que se finda) sobre o futuro da presidente: impeachment, cassação, afastamento, renúncia e até suicídio.

As três primeiras hipóteses não dependem de Dilma Rousseff e as duas últimas não fazem parte do cardápio de sua personalidade.

Embora, conhecendo Dilma Rousseff, caso o andor da economia brasileira desande de vez e ameace ir ao chão, a penúltima das hipóteses (a renúncia) não deva ser assim em definitivo descartada.

Dilma pode ser tudo na vida: cabeça-dura, turrona e um bocado malcriada, mas irresponsável não é.

Entre sacrificar toda população brasileira e colocar em risco o futuro do país, a presidente opta por se imolar.

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