
A economia do estado de São Paulo deve amargar um triênio (2016/17/18) dos piores, prevendo-se que o PIB paulista caia, apenas este ano, 4% (para o país a queda prevista é de 3,7%).
Os índices de desemprego no período também deverão ser muito ruins.
O interessante na história é que tem gente festejando isso (por conta de o estado ser administrado pelo PSDB), como se por lá não existissem seres humanos vivendo, como se a prefeitura da capital não fosse administrada pelo PT, assim como dezenas de municípios interioranos, como se por lá não vivessem brasileiros de todas as regiões.
Trata-se, portanto, de mais uma grande prova da estupidez humana.
Em décadas idas, o estado era responsável por quase 50% do PIB nacional, o que deu origem a um slogan dos mais provincianos: “São Paulo é a locomotiva do país”.
Locomotiva emperrada?
A queda na economia paulista começou a se desenhar nos anos 80 do século passado por vários motivos, entre eles: a. a expansão da zona franca de Manaus; b. o deslocamento de plantas industriais para estados vizinhos e para o Nordeste; c. a opção do estado pelos serviços, pelo comércio atacadista e pelo desenvolvimento e uso intensivo de tecnologia de ponta.
O que parecia ser uma ideia inovadora acabou por resultar num acanhamento da economia paulista.
O rastro dessa mudança de foco desenvolvimentista fez afluir em São Paulo grupos dito conservadores, mas que, a rigor, são liberais (economicamente), a se confrontar com o obreirismo trabalhista do Partido dos Trabalhadores, o PT.
Explicar ou discutir isso com gente obtusa, ignorante e raivosa não é uma boa ideia.
É gente cuja mente está obnubilada pela falta de informação e de conhecimento, e pelo fanatismo político-partidário.