
NENHUM! ABSOLUTAMENTE NENHUM!
Nem da Cordeiro (a do Lula), nem da Dutra (a do Fernando Henrique).
O que as une e as separa é a maledicência de um país embrutecido pela ignorância.
Um país afeito ao diz-que-diz, às fofocas rasteiras.
Um país de muro baixo, onde pessoas que não se contentam com que o vizinho viva e respire espionam a sua vida para diminui-lo e destruí-lo.
Um país de bobões (e de bobonas) idiotas que nunca vai se civilizar.
A Cordeiro foi duplamente vitimada, por Collor e por Lula (uns machistas e cafajestes ridículos), mas sua performance não tirou e nem colocou um voto sequer nas urnas dos candidatos.
Assim como a edição malandra do debate entre ambos feita pela Rede Globo (e fez mesmo) não tirou e nem colocou um voto sequer nas urnas dos candidatos.
As duas teses para a derrota de Lula são cipós da ignorância nos quais se penduraram quem não teve (e não tem) competência para analisar o que andava acontecendo com o humor do povo brasileiro naquele momento.
A Dutra, mais esperta e melhor letrada que a primeira, está sendo usada para destruir o pouco que resta do prestígio político de um velhote que não é candidato a mais nada, a não ser a de pitaqueiro principal do carcomido neoliberalismo nesta Grande Terra de Tupã.
Aécio, Serra e Alckmin agradecem, penhorados, o excesso de burrice dos “compas” petistas.
De machistas e feministas
Ambas as moças, a Cordeiro e a Dutra, são vítimas do descomunal machismo nacional que impera à direita e à esquerda, entre pobres, ricos e remediados, entre homens e mulheres.
São vadias, vagabundas, desqualificadas, putas, rampeiras, oportunistas e vai por aí.
Isso nem mais é assombroso, posto ser corriqueiro.
Assombro sim é (estou propositalmente generalizando) que o(s) movimento(s) feminista(s) embarque(m) nessa canoa de intolerância, num movimento agônico, mal copiado das tendências feministas europeias e norte-americanas.
Mas há uma explicação simples para essa digressão: afinal estamos no Brasil, e por aqui tudo é possível.
Um comentário sobre “Qual o impacto das Miriams na história política do Brasil (?)”