Uso exagerado de sofismas indica que o petismo ruiu

Linguagem
MTS

Pessoas não acostumadas às análises de texto ou a uma simples, mas acurada observação do que se diz e do que se escreve, provavelmente ainda não tenham percebido o uso excessivo de verbos na sua forma imperativa, tanto por gente do Partido dos Trabalhadores, quanto por seus apoiadores (pagos ou espontâneos).

Dar/dá, destruir/destruiu/destrói; atacar/ataca; mostrar/mostrou/mostra; explicar/explica; acabar/acaba; fulminar/fulmina/fulminou; destroçar/destroça.

Os exemplos são inúmeros e aumentam a cada dia (assim como a sua recorrência) com a aproximação das investigações da Operação Lava Jato (e suas congêneres) à cúpula do partido e do governo da presidente Dilma.

Em bom português, trata-se de sofismas, de argumentos ou raciocínios concebidos com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simulem um acordo com as regras da lógica, apresentam, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.

Ou, ainda, uma argumentação que aparenta verossimilhança ou veridicidade, mas que comete involuntariamente incorreções lógicas; paralogismo (raciocínio falso).

A que se destina?

No caso em questão, trata-se de um estratagema, de uma manobra com o intuito de confundir e iludir o todo ou a parte da opinião pública; diminuir o ímpeto das investigações e demonizar os meios de comunicação, o canal aberto que liga os investigadores à opinião pública.

O reverso da moeda mostra que as investigações não se inibem, os canais (midiáticos) continuam atuantes e a opinião pública cada vez mais acredita naquilo que foi ou está sendo investigado e denunciado.

Ao proferir ontem o seu voto sobre o julgamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o ministro Marco Antonio de Mello (do STF) disse que “o que está havendo no Paraná e também na órbita do Supremo revela que a impunidade não pode mais prevalecer“.

Em sua coluna no site UOL (onde, aliás, é citada a frase de Mello), o jornalista Sérgio Malbergier faz uma ligação entre Cunha-Dilma-Lula e diz que “as investigações são as mesmas, as delações são as mesmas, os fatos e os atores estão todos interligados. E ainda há novos colaboradores na fila da delação e novas fases em gestação”.

Malbergier ainda se dá ao requinte de afirmar que “não há nada mais reacionário hoje do que um militante petista”.

Ou nada, ou nada!

Cresce, não apenas em Brasília, mas em todo o Brasil, a sensação de que a Operação Lava Jato está chegando à sua reta final, e aprimorando a frase de Dilma Rousseff do início de sua primeira gestão: “não vai ficar pedra sobre pedra”.

Há quem defenda algumas saídas para o imbróglio:

– a depuração do Partido dos Trabalhadores e, consequentemente, de sua figura maior, Luiz Inácio Lula da Silva, e

– a renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Pelo sim, pelo não, as oposições, encabeçadas pelo PSDB, e muito especialmente pelo senador mineiro Aécio Neves, resolveram deixar o muro da passividade e participar mais ativamente dos protestos contra o governo marcados para o próximo dia 13.

De duas, uma, especulam os tucanos: ou a presidente cai pelo impeachment ou será apeada do poder (via renúncia) pelas “vozes da rua”.

E é esse estado de coisa que o petismo e seus apoiadores não estão sabendo enfrentar.

Ao usar de sofismas, apenas aumentam a altura e a temperatura do fogo que os assa.

Referências

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=sofisma

http://www.dicionarioinformal.com.br/sofisma/

http://brasilescola.uol.com.br/portugues/figuras-linguagem.htm

http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/paralogismo/4710/

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=paralogismo

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