
‘… a política pública (dos governos petistas) foi expandida de maneira “generosa” e está carregada de “ineficiências”. “Ao corrigir as ineficiências, podemos alcançar os mesmos resultados ou até mais, gastando menos”… ’.
‘… o Pronatec não pode dar cursos “às cegas” para os desempregados e os critérios de concessão do Bolsa Família precisam ser ampliados, para que seja possível identificar quem usa mal o benefício, e abrir espaço para quem precisa… ’.
Quem diz isso tudo é o economista Ricardo Paes de Barros, tido como uma das “referências” no estudo sobre desigualdade e educação e um dos criadores do Bolsa Família.
Paes de Barros hoje se alia a Temer e ajudou a formular as propostas de política social do PMDB, para um eventual governo do pós-Dilma Rousseff.
Das antecipações
No dia 16 de março, este blog anotava que O problema para o PT é o que vem depois.
Recordemos então:
“Mas de onde tiraria o (suposto) novo governo munição para derribar de vez a aura messiânica-desenvolvimentista do lulo-petismo?
Do próprio governo lulo-petista.
Do IBGE, do Ipea, dos estudos patrocinados pelos ministérios e aqueles das universidades federais (mas não só).
É lá que estão os números e as informações de que a história da mobilidade social não foi bem essa, de que o Pronatec não funcionou como se esperava, de que o desmonte da indústria de transformação nacional começou ainda no início do primeiro governo Lula, de que o (suposto) investimento na saúde pública (incluindo-se a importação de médicos estrangeiros) não conteve a sua deterioração, de que o meio ambiente brasileiro foi destruído pelo agronegócio… e vai por aí.
Se você fosse oposicionista não usaria, assim que chegasse ao poder, essas informações todas para demolir de vez o discurso petista?”
Das referências
No afalaire: O que virá depois da queda de Dilma poderá ser o cu do pato
Ricardo Paes de Barros foi secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
É um dos maiores especialistas em políticas públicas do Brasil [1]. Foi o líder intelectual do grupo de economistas responsável pela concepção técnica do programa Bolsa Família [2].
Possui graduação em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1977), mestrado em Matemática pela Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (1982) , doutorado em Economia pela Universidade of Chicago (1987), pós-doutorados em Economia pelas Universidades de Chicago (1988) e Yale (1889).
Desde 1979, tem trabalhado como pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), conduzindo pesquisas no campo de desigualdade social, educação, pobreza e mercado de trabalho no Brasil e na América Latina. Entre 1990 e 1996, foi professor convidado da Universidade de Yale. Entre 1999 e 2002 foi Diretor de Estudos Sociais do IPEA. Nos anos de 1995 e 2000, foi premiado com o prêmio Haralambos Simedionis. No ano de 2000 foi premiado com o prêmio Mario Henrique Simonsen. Em 2005, foi admitido na Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador. Em 2009 foi admitido para Academia Brasileira de Ciências. Recebeu em 2010 a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico do MCT, em 2011 a Condecoração da Ordem do Mérito Naval da Marinha do Brasil.[3]
[1] Ricardo Paes de Barros quer revolucionar a educação no Brasil Artigo na Revista Exame Edição 1015. Acessado em 12/12/2012
[2] O liberal contra a miséria Artigo na Revista Piauí nº 74. Acessado em 12/12/2012
[3] Currículo detalhado na Plataforma Lattes
Link: http://www.aeitaonline.com.br/wiki/index.php?title=Ricardo_Paes_de_Barros
Um comentário sobre “Temer age rápido e inicia demolição da herança petista”