
Das três primeiras vezes o agressor foi um seu ex-companheiro com quem ela tem um filhote de mais ou menos 5 anos.
Ela tem outro filho, um rapazote de 17 anos, que dia desses luxou o tornozelo esquerdo jogando basquete, que não mora com ela e tem como pai um outro sujeito que não conheço.
Das três primeiras chamamos a polícia (quem é doido de se meter diretamente com um doido desses?).
Na terceira, o agressor foi preso e a partir de então deve ficar a uns tantos metros de distância da moça, sem poder se aproximar.
Das afabilidades
A moça é das mais afáveis e dadas. Costuma levar suas companhias para o interior do apartamento que fica dois andares acima do meu.
Isso enfureceu o ex-companheiro que não admitia essas liberalidades todas com o seu filhotinho presente.
Se ele foi preso e não pode mais se aproximar da ex-companheira, em contrapartida ganhou a guarda do filho, que só aparece por aqui um fim de semana sim, outro não.
Mãe é mãe, não nos esqueçamos.
Do bom mocismo
O agressor desta madrugada é outro.
Um moço migrado do interior mineiro, sem muitas letras, informações e respeito aos direitos humanos.
É nosso guarda noturno e nas horas vagas um “faz tudo”.
Quebrou a geladeira? Chama o cara!
Entupiu o encanamento? Chama o cara!
É sempre prestimoso e educado, e não fosse a agressão e o quebra-quebra desta madrugada poderíamos continuar achando que fosse apenas um bom moço mineiro migrado para o Distrito Federal para ganhar a vida.
Das paixões
O moço mineiro se apaixonou pela vizinha dos dois andares acima há coisa de sete meses.
Perguntei a ele se o troço era sério, já que passava parte da noite no apê da moça.
Tímido, não me respondeu, apenas abaixou a cabeça, envergonhado.
Depois disso passou a me evitar e a falar comigo apenas o necessário.
Mas some-se a isso que a dupla levou duas broncas de minha autoria, pois estava de tagarelices sob a janela de meu quarto, isso em plena madrugada.
Dos entendimentos
A moça faz o que quiser de sua vida que ninguém tem nada a ver com isso.
Nem sei ao certo o que ela faz para sobreviver.
Dia sim, outro também ela vive de biquíni, short, saída de banho, como se praia houvesse por este Planalto Central.
Talvez viva de pensões ou seja uma funcionária pública que não costuma ir ao trabalho com assiduidade.
Mas isso não tem importância alguma.
Importante é que ela não parece se dar conta de algumas “sociabilidades” que deveria cumprir.
Uma delas é não expor uma criança de mais ou menos 5 anos aos seus namoros fixos ou eventuais, inda mais dentro da própria casa.
Outra vem do mercado imobiliário: não se aluga o mesmo imóvel a dois locatários diferentes e, principalmente, concorrentes.
Foi o caso desta madrugada.
Das indiferenças
Nada disso, no entanto, exime o nosso bravo guarda noturno de ser denunciado à polícia (se é que já não foi).
Mas quer saber? Que eu saiba ninguém acionou a justa nesta madrugada para salvá-la da agressão.
Pode ser o caso de covardia e de conivência?
Pode!
Mas acho que nós, os vizinhos, andamos meio que de saco cheio desse quéquéqué todo.
Cheios ou não,toda agressão deve ser denunciada!Já me é ultrajante viver num país de cunhas…Se em briga de marido e mulher não se mete a colher,metam-se as autoridades!
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