O presente artigo analisa as categorias de alienação e reificação, baseando-se nas análises marxianas do fetichismo da mercadoria e do trabalho abstrato. Retoma, para tal, a recepção destas categorias em alguns autores marxistas no século XX e mostra como estes ficaram prisioneiros de uma ontologia do trabalho que os impediu de compreender que a crítica delas supõe a crítica do papel que o trabalho e o valor desempenham no sistema capitalista. Esta compreensão, presente já na crítica da economia política de Marx, se tornou evidente com a crise real da sociedade do trabalho, principalmente a partir dos anos 1970, e constitui o núcleo das abordagens teóricas dos autores em torno da “crítica do valor” (Wertkritik), como Robert Kurz, Moishe Postone e o autor deste artigo.
Publicado na RevistaLimiar – vol. 1, no 2 – 1o semestre 2014
(Tradução: Sílvio Rosa Filho; Revisão: Jacira Freitas)Nos tempos da Segunda Internacional (1889-1914)…
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