
[Permitam-me um desvio de rota do debate sobre cooperativismo digital e economias do compartilhamento. Nesse texto, quero introduzir uma discussão sobre “Internet das Coisas” – uma das expressões mais utilizadas e sobrevalorizadas nas mídias de tecnologia.
Certamente, você já ouviu falar ou leu algo a respeito da “Internet das Coisas”. Mais do que um conceito delimitado, a expressão carrega mais a ideia de uma visão. Nos termos da IEEE Computer Society, trata-se de uma “visão de uma infraestrutura global de objetos físicos em rede”.
Como explicado por alguns pesquisadores italianos, “o termo ‘Internet of Things‘ é usado como um guarda-chuva para cobrir vários aspectos da extensão da Internet e da Web ao campo físico, por meio da ampla utilização de dispositivos espacialmente distribuídos com identificações embutidas, sensores e capacidades de ação”. Esse ideal prevê “objetos inteligentes” nas grandes cidades, no ambiente de trabalho e nas residências.
Porém, antes de pensarmos em objetos, devemos pensar nas pessoas. Afinal, para que precisamos de uma Internet das Coisas? Como queremos moldá-la? Como os objetos conectados podem estar a serviços das pessoas e não de grandes corporações?
Essas perguntas são enfrentadas pelo provocador ensaio de Julia Powles e Jenny Judge, duas jovens pesquisadores da Universidade de Cambridge. Em 2015, elas publicaram o texto Forget The Internet of Things, We Need an Internet of People no jornal The Guardian.]
Para ler o texto na íntegra acesse Outras Palavras.