Finalmente na primeira metade do século 20 o futebol chegou a Limoeiro, no interior de Pernambuco.
A figura mais ilustre entre os torcedores era, óbvio, o mais ilustre dos limoeirenses: o Coronel Limoeiro.
Ignorante nas “leis” do esporte bretão, o Coronel Limoeiro ficou avexado com um tumulto que se deu em campo e entre os torcedores.
Não entendia a razão do rame-rame e exigiu explicações.
“Bem coronel, acontece que o juiz da partida marcou um pênalti”, explicou um correligionário.
O Coronel Limoeiro não estendia o que era pênalti e pedia mais explicações.
“Pênalti, Coronel, é uma falta que acontece dentro da área. A equipe que sofre a falta tem direito de chutar a bola contra o gol do adversário daquela marquinha redonda que tem dentro da área, e do time adversário só o goleiro pode ficar, mas embaixo da trave e sem se mexer para tentar defender o chute do adversário. Nesses casos é quase certo que saia o gol.”
“Esse pênalti tá na lei do futebol, homem?”, quis saber o Coronel.
“Tá sim senhor, Coronel”.
“E foi pênalti?”
“Foi sim senhor, Coronel”
“Então, se tá dentro da lei, manda bater o pênalti logo, homem, e acaba com esse ruge-ruge todo”, determinou Limoeiro.
“Mas Coronel, o pênalti é contra o time de Limoeiro.”
“Oxe! Então manda bater contra o gol do adversário.”
Das coincidências?
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