
Há quem aposte, com a pressa e a imprecisão de sempre, que o vice agora efetivado, Michel Temer, está se borrando de medo pelo que vem pela frente com a prisão de Eduardo Cunha, ontem, a mando de Sérgio Moro.
Não gastaria minhas fichas nesse cassino da sorte, que está mais para vontades obscuras e raivas incontidas do que para a lógica do jogo.
Vá lá que os dois bicudos realmente não se biquem, mas…
O temerário sempre manteve uma distância bastante segura das presepadas cunhistas.
E o que é que se tem até agora contra o efetivado?
Que o caixa de sua campanha teve dinheiro desviado da corrupção e outros tantos de origens obscuras (sic).
Sei… mas a campanha era de quem mesmo?
Isso não implica que Temer não possa dançar por conta da sua associação promíscua com Dilma.
Mas isso são outros panos para outras mangas.
E bote pano, e bote manga nessa história.
Das transas
A transa de Cunha não parece mesmo ser a delação premiada (pela qual muitos anseiam, temerosos e ávidos), mas sim o livro que promete para o próximo dezembro.
Assim como Temer não trocou escovas de dente com Cunha; Cunha não parece querer dar mais munição à Lava Jato.
Pelo jeito prefere que algumas cabeças venham à guilhotina e outras que sejam guardadas a sete chaves em cofres fortes.
O futuro vem logo aí.
E não é muito inteligente minar caminhos que depois você possa trilhar.
Outras leituras
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Um comentário sobre “Temer virou alvo ou apenas externamos nossos medos e ansiedades?”