
Os movimentos anticorrupção, que ocuparam as ruas e boa parte da mídia durante todo o ano passado e este, pelo menos até a queda de Dilma Rousseff, voltam à ativa hoje com as mesmas bandeiras, mas agora focados no congresso nacional.
Não se fala, pelo menos por enquanto, em impeachment do presidente Michel Temer, mas este deve ser um caminho natural a seguir-se ano que vem.
Não se sabe ainda se as concentrações de hoje serão enormes ou pelo menos grandes e significativas.
É provável que não, pois a jornada está só em seu começo e segue o mesmo script que levou à queda de Dilma Rousseff, dentro da lógica “devagar se vai ao longe, devagar eu chego lá” (Bicho do Mato / Jorge Ben Jor).
Parte do movimento chegou mesmo a flertar com a esquerda, convidando-a a participar das manifestações de hoje, o que causou um certo desconforto na outra face do movimento.
Alguns indivíduos, porém, que se entendem de esquerda, já disseram que vão sim participar do evento, como, por exemplo, o escritor Antônio Prata.
Os movimentos anticorrupção seguem a lógica do discurso moral e da arregimentação de pessoas (famílias inteiras) avessas a eventuais entreveros (violência) entre grupos sociais e com a polícia.
Tudo isso dá uma robustez ética e de segurança às pessoas.
As esquerdas ou aquelas pessoas e partidos que se entendem de esquerda não conseguiram entender até hoje que se trata de movimentos liberais (social e economicamente) que estão tão próximos dos radicalismos de direita (fascismo, nazismo, neonazismo) quanto a humanidade está de provar a existência ou não de Deus.
Ao não entender o que está acontecendo com a sociedade brasileira, as esquerdas deixaram livre o caminho para esses movimentos que se não são de direita ou neofascista (como prega a propaganda esquerdista) são adversários do petismo e dos discursos inclusivos de parte dos movimentos sociais, especialmente aqueles cooptados pelo Partido dos Trabalhadores, o PT.
Por enquanto, os liberais estão vencendo de goleada e já deixaram os 7 a 1 da Alemanha no chinelo.