A maré está mudando e favorecendo Michel Temer

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O presidente Michel Temer (PMDB) (Adriano Machado/Reuters)

Apesar de a maioria estar, ainda, indisposta com Michel Temer, o presidente vê sinais positivos à sua frente, o que lhe garante, pelo menos por hora, que deve chegar a 2018 “numa boa”.

Há insatisfeitos pedindo a sua deposição, mas estes ficam por conta de petistas e apoiadores que ainda não assimilaram a queda de Dilma Rousseff e a destruição do PT.

Mas esta é uma minoria que a cada dia fala mais sozinha.

Os primeiros sinais vieram com as quedas sucessivas dos juros (foram três até agora), o que é uma espécie de “falso brilhante”, uma gambiarra, um arranjo oportunista; não que os juros não estivesses nas alturas, muito pelo contrário, o que é sempre bom lembrar.

A outra boa notícia foi o controle das contas públicas, o que não é exatamente uma coisa difícil de fazer; é só não seguir a cartilha gastadeira da dupla Lula e Dilma que a coisa funciona.

Reconheça-se, inclusive, que apesar de cortes sensíveis nos programa sociais e na área de CT&I, o governo continua com as obras (como se pode ver em todo o Brasil).

A essa altura todo mundo já sabe da iniciativa de José Yunes de jogar aos corvos Elizeu Padilha. Foi um refrigério para Michel Temer e o fecho dessa história seguiu a linha com Marcelo Odebrecht que responsabiliza apenas o PT pelo propinaria desenfreada.

Tanto assim que Temer já pensa que pedir a anulação do processo da chapa Dilma-Temer.

A chapa, na verdade, esquentou foi para os lados de Dilma Rousseff e do PT.

Batalha perdida

Já se disse incontáveis vezes por aqui que o PT perdeu a batalha do discurso. Não percebeu os rumos que o País estava tomando a partir de 2013, e quando acordou já era tarde.

Dormiu de toca, como se dizia há tempos.

Resultado: foi demonizado, viu a oposição falar sozinha, foi destroçado nas urnas e a presidente sofreu impeachment.

O que resta?

Resta ao partido o carisma de Lula, que, a rigor, expressa um bocado de fanatismo sebastianista, tal qual o beato.

Trata-se de uma mística que o cerca e resiste ainda em alguma regiões brasileiras, especialmente no Nordeste, porque em outras bandas não se vê mais isso não.

Não se dê, no entanto, Lula como morto, porque sozinho e à revelia do partido, o “homem” tem uma força imensa.

Se Lula, por acaso, vencer em 2018, discutir agora como irá administrar o País e com que base parlamentar não parece oportuno.

Ainda muitas pedras irão rolar por esta ribanceira.

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