Moralistas do meu Brasil varonil, uni-vos.
Está aberta a temporada de caça ao goleiro Bruno (e-Flamengo e atual Boa Esporte, do Triangulo Mineiro).
De Leandro Karnal, historiador e filósofo, nem vamos cuidar aqui, pois se trata de um patetismo assombroso que cheira a dor de cotovelo, complexo de inferioridade; ou, como diria Tom Jobim, no Brasil fazer sucesso é uma espécie de heresia.
Já falamos disso em outras ocasiões, como, por exemplo, nas redes sociais (Facebook, Twitter e G+): O diabinho da hora é o historiador Leandro Karnal / Os petistas se superam em ser cada vez mais patéticos e irracionais.
A história do goleiro Bruno tem em seu início a mentira e a desinformação, o que demonstra o quanto nós, os brasileiros, desconhecemos lei e desprezamos os direitos fundamentais da pessoa humana.
Marco Aurélio Mello teria mandado soltar Bruno, assim sem mais e nem mesmo. Vai ver que foi com a cara do rapaz.
Mello não mandou soltá-lo coisa nenhuma.
Condenado apenas em primeira instância, os seus advogados (não sei quantos são eles) usaram do instituto do habeas corpus a que o goleiro tem direito para a sua soltura.
Anteontem, Marco Aurélio Mello “derrubou” o pedido da mãe de Eliza Samudio (para que o goleiro voltasse à prisão) exatamente pelo mesmo motivo.
O STF não condena ou deixa de condenar ninguém; o Supremo apenas julga recursos e aplica as leis de acordo com a constituição federal (sejam elas justas ou não).
Feminicídio
Há quem diga (e são muitas as mulheres a dizer isso – e homens também) que se trata que mais um crime contra a mulher, com o que tendo a concordar.
Resta a questão legal, de provar o crime, pois até agora não se provou, e do direito a que todo cidadão têm de recorrer das sentenças a ele impostas, até esgotados esse périplo todo.
Estamos num estado de direito, pois não?
Leio nos jornais que em razão desse perrengue todo, o Boa Esperança já perdeu dois patrocínios (não sabia que a equipe tinha tantos patrocinadores assim).
Aqui, como nos casos anteriores – a acusação contra Marco Aurélio Mello e a história do feminicídio -, trata-se de um mero exercício de retórica, de discurso moralista, onde, a priori, parte da população tenta definir o certo do errado, o justo do injusto, o correto do incorreto.
Isso é um perigo, pois vamos começar a fazer justiça com as próprias mãos (à revelia da lei), aliás, coisa que já está acontecendo.