
Sérgio Moro “extrapolou de suas funções” (como algumas pessoas gostam de dizer) no caso do blogueiro Eduardo Guimarães, porta-voz extraoficial de Luiz Inácio Lula da Silva.
Talvez Lula não confie nem nos blogueiros tradicionais e alinhados ao petismo (jornalistas) e nem na(s) sua(s) assessoria(s) de imprensa, preferindo espalhar “o noticioso” via um blogueiro pouco conhecido e desimportante.
Se era – como de fato era e é desimportante – Sérgio Moro fez todos os esforços do mundo para torná-lo conhecido e reconhecido.
Em tempo: há uma velha queda de braços entre José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva, o que ficou mais claro durante o Mensalão de PT, e já foi reportada por este blogue na ocasião, inúmeras vezes.
Portanto, não é se estranhar (isso é uma especulação, mas o paragrafo anterior é fato) que Lula prefira o desconhecido Eduardo Guimarães ao invés dos tradicionais blogueiros ligados umbilicalmente a José Dirceu.
Moro
Sérgio Moro deu de bandeja ao petismo o argumento segundo o qual o partido está sendo, injustamente, perseguido, perseguição esta que não poupa nem a liberdade de expressão.
Recusa-se aqui referir-se a “liberdade de imprensa”, pois não é caso. Eduardo Guimarães não faz parte da imprensa, não é imprensa, portanto, mas apenas um especulador que às vezes acerta na informação (ele tem fonte boa: o petismo), mas muitas vezes (na maioria das vezes) erra redondamente.
Censura
Estamos, portanto, trilhando caminhos perigosos.
Nenhum dos argumentos de Sergio Moro (vazamento ou ofensas anteriores) é justificativa para a censura, se à censura cabe algum tipo de argumento.
E trata-se de censura, via coação.
Até o insuspeito Reinaldo Azevedo (entre outra atividades, na revista Veja) esbravejou contra a arbitrariedade.
Portanto, o caso já pode ser considerado grave desde já e dos mais sórdidos.