Forçando uma metáfora, o presidente brasileiro, Michel Temer, está literalmente falando às moscas.
Ninguém está interessado naquilo que ele diz e nem naquilo que ele faz.
Uma releitura disso é que Michel Temer pode fazer o que quiser, inclusive mudar as leis trabalhistas e da previdência social, e, ainda, abrir as portas à sanha internacional sobre a Amazônia e outros recursos naturais brasileiros, que ninguém está aí.
O melhor sintoma dessa desimportância de Michel Temer é que a campanha presidencial de 2018 já está há muito tempo nas ruas, liberada por Lula, com Mariana Silva nos seus calcanhares e Bolsonaro buscando um lugar impossível ao sol.
Caso Michel Temer tivesse mesmo alguma importância e, mais ainda, tivesse fazendo alguma coisa proveitosa para a população brasileira alguém iria se preocupar com uma eleição que só vai ocorrer daqui a mais de um ano?
O aliado PSDB, por exemplo, já está lançando candidaturas – é isso mesmo: de Dória (FHC), embora na área ainda estejam os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin.
Há uma outra figura nova no pedaço, Luciano Huck; mas não se sabe ainda por qual partido irá concorrer e se que vai concorrer mesmo.
FHC já falou em ambos – Dória e Huck – o que é um aval e tanto para ambos.
Dilma, que naturalmente encarna a candidatura de Lula como ninguém, sentiu o golpe e tentou ser irônica: Dilma ironiza ‘política social de auditório’ de Luciano Huck.
Dilma talvez esteja tentando “limpar a barra” com o chefia-geral petista, pois, segundo Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, Lula queria ser candidato em 2014 e Dilma não aceitou, diz delatora.
A história de Bergamo, no entanto, é coisa velha, notícia requentada. Todo mundo já sabia da turrice de Dilma Rousseff desde a época do acontecido (quer dizer, 2014 – ou até antes).
A situação, porém, não ainda nada fácil para o PT, para o Lula e para a Dilma após as delações de João Santana e Monica Moura.
Na melhor das hipóteses, Lula e Dilma podem ter seu direitos políticos suspensos por 8 anos.
Se eu fosse eles, eu tratava de me defender mais, e me preocupar menos para a eleição de 2018.
afalaire 