Henrique Meirelles? Carmem Lúcia? Gilmar Mendes? Rodrigo Maia?
Quem será o próximo presidente da república, numa espécie de mandato tampão ao de Michel Temer?
País esquizofrênico este que não leva em consideração que haverá eleição marcada para 2018 (outubro/novembro).
Se se antecipar a eleição presidencial ficaríamos como?
Com uma presidência de alguns meses ou, outra hipótese, como uma presidência de pé-quebrado – 4 anos e mais alguns meses –, posto que teremos a outra eleição pós-2018 em 2020?
Nesse rol de candidatos e de candidaturas poderíamos acrescentar, igualmente, o próprio Michel Temer (ele já disse que quer e que se o “povo pedir” ele se candidata [resta saber que povo iria pedir para Temer se candidatar]) e Joaquim Barbosa, que reúne desafetos e apoiadores em todas as faixas da população.
Em caso de vacância do cargo (lembremos que Michel Temer foi/é o vice de Dilma Rousseff) a constituição determina que em 90 dias sejam convocadas eleições indiretas para a definição do sucessor do presidente, em, digamos assim, mandato complementar ou, em bom português, tampão mesmo.
A menos que ocorra uma hecatombe; um golpe de estado; ou uma virada de mesa (mais uma vez em bom português) dificilmente será possível marcar-se uma eleição direta (“diretas já”) em lugar da eleição indireta “como manda a lei”.
O próprio Partido dos Trabalhadores, que tem um nome “robusto” (o de Lula) para disputar uma eventual eleição direta (com claras possibilidades de vencê-la) já trabalha com a lógica da eleição indireta, ressalvando que as mudanças intempestivas propostas por Michel Temes (trabalhista e da previdência social) devam ser estancadas de imediato e mais do que isso, soterradas e esquecidas.
Dos nomes lembrados/citados acima, alguns garantem que não são candidatos (Carmem Lúcia, por exemplo); Henrique Meirelles não diz nem sim, nem não (embora deseje); Gilmar Mendes se faz de morto; Joaquim Barbosa de meio morto (quer e não quer ao mesmo tempo); sobrando Rodrigo Maia que dificilmente seria eleito (embora possa) e se o fosse dificilmente teria o aval do SFT.
Isso quer dizer que, com sempre, estamos no mundo da mera especulação, mas de nenhuma certeza e de uma brutal desconexão com a realidade e com o que diz a constituição federal.