“Tenho três objeções a essa tese. A primeira é observacional: as evidências empíricas disponíveis não indicam que esse fenômeno tenha de fato ocorrido até o presente momento, mesmo se permanece como possível. Ao contrário, a globalização parece ter elevado fortemente a força de trabalho submetida à relação de capital nas últimas décadas. A segunda é teórica: a elevação da produtividade do trabalho que reduz o valor contido em um dado volume de produção sempre pode ser compensada, em princípio, por uma expansão do volume produzido. A terceira é que mesmo em condições de decadência, o capitalismo pode continuar se ele não é obstado pela luta social.”
(Eleutério F. S. Prado professor de Economia, aposentado -USP)