O que Lula e o Facebook têm em comum?

Lula PT
Lula aproveita protestos para fazer campanha por sua própria volta à presidência da república. Foto: Partido do Trabalhadores (PT).

Enquanto nós, por aqui, discutimos os nossos simplismos – tipo, Lula será ou não preso, e se for, quando será – o Facebook, uma das mais importantes mídias sociais e redes virtuais, está na berlinda, acusada de manipulação de informação.

Já há até uma campanha “Delete do Facebook”.

Na origem da história está a utilização de 50 milhões de perfis da “rede” pela Cambridge Analityca, ligada à campanha eleitoral de Donald Trump, agora presidente norte-americano.

Veja aqui, por exemplo, http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/7340964/delete-facebook-fundador-whatsapp-adere-movimento-pede-para-seguidores-apagarem.

O pensador marxista norte-americano, Marshall Berman [1], cunhou uma frase exemplar: “tudo que é sólido desmancha no ar”.

Ativistas sociais e a justiça dos EUA e de alguns países da Europa estão – ou pelo menos aparentam estar – vivamente interessados em exterminar Facebook.

Seria um troço interessantes de se ver, especialmente pela aparente solidez da empresa.

Mas convenhamos: mesmo com esse arsenal todo a tarefa não será (se for para valer) das mais fáceis.

Voltando ao nosso mundinho, de menor alcance e repercussão, temos o caso Lula (também, pelo menos até agora, de aparência sólida e prestigiada) com julgamentos (isso mesmo: no plural) no STF (amanhã, quarta-feira) e no TRF (Porto Alegre) na segunda-feira.

Isso poderá gerar (em linguagem bem chula e vulgar) algumas esquisitices.

O STF decide que não cabe prisão em segunda instância, mas o TRF decide, vencidos todos os embargos, que sim, com base nos argumento do juiz Moro.

O STF decide que cabe sim prisão, mas o TRF decide que não.

Nesse imbróglio todo é bom que lembremos que nós, os tais dos cidadãos comuns, não estamos sendo consultados e considerados, não pela prisão ou não do Lula e de outros acusados, mas se cabe realmente e, por isso, se concordamos ou não, com as prisões para estes casos, quer seja após a segunda ou após a terceira instância.

Mas nós somos seres, aparentemente, insignificantes, e que em momentos cruciais da Nação [2] nunca somos consultados para nada.

E ainda tem gente que defende o Estado [3] (estou, de propósito, misturando na mesma salada russa aqui os conceitos de Nação e de Estado – veja as definições abaixo, nas Notas).

[1] Marshall Berman foi um escritor e filósofo estadunidense marxista. Era também professor de Ciência Política do City College of New York e do Graduate Center da City University of New York, onde ensinava Filosofia Política e Urbanismo. Wikipédia

[2] Nação, do latim natio, de natus (nascido), é uma comunidade estável, historicamente constituída por vontade própria de um agregado de indivíduos, com base num território, numa língua, e com aspirações materiais e espirituais comuns.

[3] O termo Estado data do século XIII e se refere a qualquer país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado, bem como designa o conjunto das instituições que controlam e administram uma nação. Wikipédia

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