
No dia 4 de abril, às 9 horas, está marcada a renovação de minha carteira de habilitação.
Ela é importante pois agrupa num mesmo documento o número de carteira de identidade e do CPF.
Claro que também nos autoriza a dirigir um automóvel (em outros casos, que não o meu, até ônibus e caminhões) a ainda facilita na hora de darmos aquela carteirada para que não paguemos passagens de ônibus e de metrô.
Já cheguei a esta idade há um bocado de tempo.
Claro que há outra coisa importante acontecendo lá no STF, em Brasília, quando será julgado o habeas corpus do Lula.
Eu tenho uma chance razoável de conseguir renovar a minha carteira de motorista.
Já o Luiz Inácio Lula da Silva não terá vida tão fácil assim.
Eu nem dirijo mais, mas, quem sabe, um dia qualquer desses eu possa voltar a “pilotar um possante”.
O Lula pensa em dirigir (presidir) o país mais uma vez, coisa que não lhe será muito fácil , mesmo que, eventualmente, consiga o tão desejado HC e possa, enfim, ufa!, se candidatar à presidência da república.
Dia 2 de abril é aniversario de Cotia, onde nasci. Está completando 300 e tantos anos.
Também no dia 2 uma batelada de juízes irá desfilar por Brasília pedindo que o Lula seja preso.
Quer dizer, não propriamente que o Lula seja preso, mas que o STF dê cabimento à prisão em segunda instância após todos os tramites do processo terem sido julgado.
Convenhamos, no caso do Lula dá exatamente no mesmo. Como se dizia antigamente, tanto faz como tanto fez.
Cotia vai continuar naquele seu velho marasmo de sempre (desde sempre) até porque boa parte das pessoas que por aqui moram trabalham em outros municípios, principalmente em São Paulo; e neste mundo hiper capitalista ninguém dá a mínima para os feriados, o que quer dizer que o comércio vai funcionar quase que normalmente.
Quando eu era criança e no início da juventude por aqui feriado era feriado (mesmo os pontos facultativos) e praticamente quase ninguém saia às ruas para nada, a não ser para uma conversinha na praça da matriz, à noite.
Já em Brasília o movimento dos juízes (e das juízas, não nos esqueçamos) promete agitar um bocado a Capital Federal e terá o poder de atrair a impressa contra, a favor e aqueles nem contra, nem a favor, muito pelo contrário.
Não estamos falando aqui obviamente dos juízes e nem o STF, mas exatamente do Lula.
Não sei, como lembrei acima, se Lula terá vida fácil no julgamento, e também como candidatado, se candidato for.
Me parece que não.
O Brasil passa por um momento bastante inquieto, que revirou tudo de cabeça para baixo, ou como dizem os paulistas, de ponta cabeça – sinceramente nunca vi muito sentido nessa oração.
Ontem mesmo, conversando com um sujeito do nordeste, pobre, preto e que andou migrando para São Paulo, tal qual o Lula, ele confessou que apesar de já ter votado no líder do PT não fará mais isso.
Ele classificou votar no Lula e no PT com uma temeridade, uma espécie de estupidez.
Tenho recolhido observações semelhantes desde que eclodiu o impeachment de Dilma.
Também tenho chamado atenção, desde o nascedouro do PT, que o partido e as esquerdas em geral são ruins de mídia.
Muita gente já espezinhou pra cima de mim após as duas vitórias de Lula e também de Dilma.
Mantenho minha opinião desde sempre
“As esquerdas” (vamos generalizar aqui) são “ruins de serviço” mesmo, e acabam de levar uma boa traulitada do cineasta Padilha e da Netflix, como bem observou o blog Cinegnose.
Acessem o texto (sem preconceito e sem juízo precipitado de valor) e o leiam que é muito interessante – até mesmo para com ele não concordarmos.
Mas antes vai abaixo um trechinho:
Episódio “O Mecanismo” revela a inépcia da esquerda com a comunicação
Como era de esperar, a reposta da esquerda a “O Mecanismo” foram denúncias contra o conteúdo factual da série brasileira. Mordeu a isca jogada pelo diretor José Padilha e suas eminências pardas da atual guerra híbrida: de que a série era supostamente “baseada em fatos reais”. E começou a acusar o “assassinato de reputações” ao não respeitar “o tempo que os fatos ocorreram”, condenar a “distorção da realidade” e produzir “fake news”. Foi como se a esquerda levantasse a bola no outro lado da rede para o adversário dar uma violenta cortada. Como uma “obra de ficção”, a série deve ser criticada no seu próprio campo semiótico: a Operação Lava Jato foi um mero pretexto para o roteiro explorar a combinação explosiva de ressentimento com a meritocracia. Combinação que fez recentemente as ruas encherem de camisas amarelas batendo panelas. Como não consegue se descolar da visão conteudística da comunicação, a esquerda é incapaz de lutar no mesmo campo simbólico no qual Netflix milita. Além de oferecer mídia espontânea a uma série tosca e malfeita.
Como disse acima, leiam o texto que vale a pena.