
A prefeitura de Cotia está se vangloriando de ter aumentado para 11 o numero de médicos do programa Mais Médicos para “atender melhor” (sic) a comunidade local.
Pelo que entendi, até a semana passada (se tanto) o número de médico do Programa somava 10.
Pela mostra que recolhi, a maioria desses médicos é cubana.
Eu pelo menos fui atendido por dois desses profissionais procedentes da Ilha caribenha.
Cotia é tida, com pouco exagero e muita razão, uma cidade conservadora (hoje, coxinha), que normalmente vota à direita e odeia qualquer coisa que lembre povo, esquerda, comunismo, socialismo e, atualmente, o Partido dos Trabalhadores.
Estamos, como se vê, num feudo medieval, com nossos reis, rainhas, príncipes e princesas, e especialmente com os bobos da corte.
Não vamos, portanto, nos surpreender (isso também deve se repetir em praticamente todos os municípios brasileiros) que Bolsonaro tenha por aqui muito mais votos que, por exemplo, Boulos e Manuela.
Também por aqui se corre o risco de que Bolsonaro tenha mais votos que Ciro Gomes, embora esse paulista-cearense não seja exatamente um sujeito de esquerda.
Se candidato fosse (mas não será) o petista Lula provavelmente dividiria (“pau a pau”) os votos com o direitista fluminense (que assim como Ciro Gomes nasceu no estado de São Paulo).
A questão, porém, não é quem terá ou deixará de ter mais votos que os adversários.
O que chama a atenção é que ao largo das críticas que sempre se fez a esse e a outros programas sociais ditos de esquerda, esta gente cotiana e de outros locais não se vexa de desplugar-se desse arsenal crítico, usufruindo com bastante tranquilidade desses programas como se eles estivessem há tempos implantados e fossem um direito adquirido às duras penas por toda a população brasileira.