
[Rio de Janeiro – Um dos maiores estudiosos do país sobre a trajetória da esquerda e dos movimentos revolucionários e libertários no Brasil e no mundo, o historiador Daniel Aarão Reis insere os acontecimentos do Maio Francês em uma série de movimentos que, nos anos 1960, sacudiram vários pontos do planeta. A importância da luta dos estudantes na França, e também em outros países como os Estados Unidos, pode ser medida, segundo ele, pelo legado em forma de novas bandeiras progressistas que viriam a alimentar nos anos seguintes os movimentos ambiental, feminista, de jovens, negros, povos originários e gays, entre outros.
Professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aarão Reis, em conversa exclusiva com Carta Maior, diz que as lutas daquela década – sobretudo no histórico ano de 1968 – deram origem a movimentos e pensamentos políticos complexos: “A díade esquerda-direita, chave para muitas reflexões sobre lutas sociais e políticas, sofreu um profundo desgaste”, analisa. Mesmo com a passagem de cinco décadas, o que aconteceu na França e no mundo naquele ano, diz o professor, forneceu as bases para o que viria em seguida: “Embora as lutas tenham sido derrotadas no curto prazo deixaram questões fundamentais fermentando e tais questões, em não pequena medida, permanecem atualíssimas”.]
Leia a seguir a íntegra da entrevista em Carta Maior (Por Maurício Thuswohl).