Esquerda midiática tenta transformar Manuela d’Avila na nossa Joana d’Arc

Manu
TV Cultura / Reprodução

Começo invertendo a proposição do texto e perguntando: ancorado em argumentos frágeis,  de precária aceitação, o jornalismo militante de esquerda vai vencer a batalha por corações e mentes dos brasileiros?

É bastante improvável!

Pois então  vamos aos fatos.

A participação de Manuela d’Avila no Roda Viva (TV Cultura de São Paulo), na última segunda-feira, provocou uma reação descabida do jornalismo militante de esquerda, coisa da qual nem mesmo a política gaúcha tomou parte.

Não é difícil saber de onde partiu a raivosidade (dos petistas) e nem o por que da raiva (de a TV ser uma estatal comandada por um governo – estadual – tucano).

Colocadas essas premissas todas resta-nos saber se as tais das interrupções a que esteve submetida a política do PCdoB gaúcho foram exageradas e descabidas e uma demonstração de machismo e de misoginia por parte da bancada de jornalistas, alguns não necessariamente jornalistas, mas isso é uma constante que se vê desde que o programa foi criado em 1986.

Desatenta, ou propositalmente desatenta, a esquerda – que trocou o jornalismo pela militância política –  também acusou a emissora desse pecadilho.

Aliás, já estão pedindo (e só podia ter partido do site petista 247, como partiu)  até que a emissora “peça desculpas” (SIC) à entrevistada.

Se a moda pega, nenhum jornal, revista, TV ou rádio vai mais correr o risco de entrevistar quem quer que seja.

A militância esquerdo-midiática também  abusa do direito de tergiversar.

Desde que o mundo é mundo espera-se que o(s) jornalista(s)  inquira(m) sim o entrevistado, o acue, e se for o caso, acrescento, sem dó e nem piedade.

Aliás, este que lhes fala (ou melhor, escreve) fez da entrevista uma constante em apertar,  amassar o entrevistado, e colocá-lo contra a parede.

Entrevistado não  é amiguinho de jornalista e vice e versa.

O papel do jornalismo é exatamente esse: não dar tréguas ao entrevistado e explorar e expor as suas contradições.

E de mais a mais, acrescente-se (portanto trata-se de mais uma mentira da militância esquerdo-midiática) o Roda Viva surgiu exatamente com essa proposta:  a de não permitir sequer que o entrevistado tome fôlego.

Se a bancada do Roda Viva fez alguma coisa diferente disso (e deve ter feito) o erro, o equívoco esteve nessa tibieza, e não no apertão que se deu na política gaúcha.

Por fim, a acusação de machismo e de misoginia é apenas uma muleta que muita gente (não só a militância esquerdo-midiática) anda usando com certo desassombro e destemor.

Não perceberam ainda que foram essas “modinhas” politicamente-corretas que levaram à derrocada do petismo que eles defendem com certa cegueira.

Márcio Tadeu dos Santos

Um comentário sobre “Esquerda midiática tenta transformar Manuela d’Avila na nossa Joana d’Arc

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s