“Sobre a crescente intolerância dos neoliberais brasileiros”

Preconceito
Ilustração: Mais Que Curiosidades

[“Por que a intolerância crescente? Será porque a religião neoliberal enfiada goela abaixo da sociedade brasileira pelo governo Temer sofre a ameaça da resistência democrática em ano eleitoral? Ou será porque o Brasil vem transitando do neoliberalismo para o fascismo, ou pior, para o fascismo neoliberal, se não impedirmos?”, escreve Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor visitante na UC Berkeley, professor licenciado (Livre Docente) do Instituto de Economia da Unicamp e ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE), em artigo publicado por Plataforma Política Social, 19-03-2018.

“Com bom humor, conclui – o economista André Perfeito vem chamando os neoliberais brasileiros de economistas de pantufas. Torço para que seja só isso”.

Eis o artigo.

“Não é de hoje que os economistas neoclássicos e neoliberais brasileiros buscam abusar da pretensão de cientificidade para desqualificar quem pensa diferente. Recentemente, é Samuel Pessoa quem anda abusando da intolerância para fugir do debate civilizado. Samuel deu entrevista recente ao Estadão em que alega que os economistas heterodoxos brasileiros (citou UFRJ e Unicamp) são amalucados. Por que o insulto? Porque criticaram o Joaquim Levy, consideram que a política fiscal tem importância na determinação da renda e porque não justificam o argumento com modelos econométricos. Acho que o Samuel Pessoa tem memória curta.

Primeiro, a crítica ao Joaquim Levy foi feita antes mesmo do início da gestão dele. Enquanto as expectativas dos economistas do mercado e do próprio Samuel apontavam para a recuperação rápida do superávit fiscal e do crescimento econômico por conta da retomada da credibilidade do próprio mercado sobre a política econômica, um manifesto, vários artigos e entrevistas de economistas heterodoxos previam que o ajuste fiscal seria contraproducente porque a arrecadação cairia fortemente com a recessão que geraria. Como a economia estava em forte desaceleração em 2014 (mas não em recessão, como dizíamos e os dados mostraram depois), prevíamos que uma política fiscal pró-cíclica empurraria o país para uma forte elevação da relação dívida/PIB. Quem estava certo mesmo?

A propósito, o Samuel ainda não deu luz aos modelos que o levavam a acreditar na viabilidade do superávit fiscal com uma política pró-cíclica, mas há vários modelos teóricos e econométricos que criticam a hipótese de austeridade expansionista e não refutam, mas apoiam fortemente a hipótese de grandes multiplicadores fiscais no mundo e no Brasil (o que o Samuel chama de “moto-continuo”). Não vou dar o caminho das pedras: pode ser educativo para os que desconfiam fazer uma pequena busca na internet.

Segundo, Luiz Gonzaga Belluzzo e eu escrevemos artigos que popularizam alguns debates metodológicos em economia em resposta ao tipo de crítica feita por Samuel na entrevista e que fora desenvolvido em artigo com Marcos Lisboa na Folha de São Paulo. Aparentemente, a defesa do método histórico-estrutural e crítica ao instrumentalismo foi tão devastadora que Samuel prefere responder com insultos (“malucão”) em entrevistas. Que tal continuar o debate, na Folha ou em uma revista científica?

Aliás, não foi a primeira vez em que alertei para a tendência à manipulação de dados e à correlação espúria que Samuel parece ter como método predileto. Escrevi em outubro de 2014 um artigo com o Marcio Pochmann para responder a uma crítica infundada que ele fazia aos economistas de esquerda durante a campanha de 2014. A Folha rejeitou a publicação, claro, mas o Brasil Debate circulou muito.

Sobre austeridade fiscal e crescimento, vamos refrescar a memória dos ortodoxos brasileiros. Para que não achem que eu estou mentindo sobre o alerta feito no final de 2014 sobre os efeitos econômicos e políticos desastrosos da contração fiscal, há um artigo publicado dois dias depois do segundo turno.

O mesmo alerta foi feito pelo Manifesto dos Economistas publicado em novembro de 2014 (do qual fui o principal redator). E em artigo publicado pela Plataforma Política Social na revista Política Social e Desenvolvimento em janeiro de 2015 (enviado para publicação em 2014).

Voltando no tempo, o jornal Valor Econômico publicou três matérias no dia 13/11/2014, que repercutiam com economistas a mudança proposta na LDO para 2014. O alerta se repetia, ao contrário dos cenários róseos traçados com entrevistas paralelas com Samuel PessôaMansueto de AlmeidaMonica BolleFabio Giambiagi etc. A primeira matéria diz assim:

“Para Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor do Instituto de Economia da Unicamp, a principal peculiaridade para se entender o efeito das contas públicas na economia é que, diferentemente das despesas de uma família que decide economizar, a redução de gastos do governo diminui diretamente a arrecadação de impostos que ele receberá no futuro. Por isso, o pior caminho para resolver a questão fiscal brasileira é, para Bastos, recorrer a mais austeridade fiscal, que aprofundaria a recessão. Ele cita o exemplo de 2011, quando o governo apertou os gastos e passou a ser mais uma força de contração para a economia, junto com o cenário internacional de crise e a desaceleração do consumo e investimento privados. Agora a situação é muito mais grave que em 2011. Lá, a economia estava crescendo 7,5%, e o governo contraiu o gasto, jogou a economia nessa desaceleração que a gente tem hoje. Imagina se o governo buscar uma meta fiscal no ano que vem de 1,5% ou 2%. Teremos uma recessão de quanto? O PIB vai cair 2% também? Se o PIB cair 2%, o que você economizou no gasto, vai perder na arrecadação”, diz o economista da Unicamp.

Na segunda matéria, expliquei brevemente o regime de bandas fiscais:

“Para Bastos, ao anunciar que não vai mais cumprir o objetivo inicial, de poupar 1,9% do PIB neste ano, e decidir negociar com o Congresso, o governo gera desgaste político e com a sociedade, mas era a opção “menos pior” na mesa. Na semana passada, o economista organizou a publicação na internet do ‘Manifesto dos Economistas pelo Desenvolvimento e pela Inclusão Social’, documento em que um extenso grupo de economistas heterodoxos defendia que elevar a austeridade fiscal aprofundaria a recessão em que o país se encontra atualmente, com perda de avanços sociais. As outras opções disponíveis para o governo eram não anunciar nenhuma alteração e cumprir o objetivo fiscal com receitas extraordinárias ou então fazer contabilidade criativa para fechar as contas, o que, na visão do economista, engana a sociedade e reduz nível de confiança. Reduzir o gasto em um cenário de baixo crescimento também ameaçaria piorar ainda mais a atividade econômica. ´Essas alternativas gerariam desgaste ainda maior`. Para o economista, é preciso alterar o regime fiscal para que essa situação não se repita. Entre as medidas, diz, está construir um fundo orçamentário no momento de expansão das receitas, e instituir `bandas´ para o superávit primário, à semelhança do regime de inflação, porque assim pode-se acomodar o resultado de acordo com as variações imprevisíveis da arrecadação. `Daria alguma previsibilidade maior e, ao mesmo tempo, permitiria que o governo realizasse uma política anticíclica`, diz”.

Na terceira matéria, falei dos economistas ortodoxos brasileiros (que, de fato, estão desatualizados mesmo):

“Não é o que pensa o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Pedro Paulo Zahluth Bastos. Para ele, o governo não deveria cortar gastos para atender à demanda das agências, mas, ao contrário, buscar reanimar o investimento privado e a economia para elevar a arrecadação e melhorar o retrato fiscal. Segundo o economista, o principal risco para a perda do grau de investimento é a recessão. ` O FMI hoje em dia reclama da contração fiscal na Europa e alega que os governos, mesmo com os déficits, têm que gastar mais para tirar a economia da crise. E, olha, é o FMI. Os economistas ortodoxos brasileiros estão desatualizados`”.

Finalmente, o governo Dilma foi o que MENOS fez crescer o gasto público desde o Plano Real, de modo que a crise fiscal não resulta de gastança, mas da queda da arrecadação tributária gerada pela desaceleração cíclica que a austeridade fiscal transformou em uma recessão; sobre isso, ver o documento AUSTERIDADE E RETROCESSO.

Para quem tiver interesse, este documento, que envolveu um esforço coletivo do Fórum 21, Fundação Friedrich Ebert, GT de Macro da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e da Plataforma Política Social (e principalmente de Pedro Rossi, Vanessa Petrelli Corrêa, Rodrigo OrairSergio Wolf Gobetti, Guilherme Mello e meu), reflete bem o que os malucões pensam sobre o problema fiscal e o crescimento.

Para outras questões, o livro Austeridade para quem? Balanço e perspectivas do governo Dilma Rousseff, que editei junto com Luiz Gonzaga Belluzzo em 2015 é um bom apanhado de outras maluquices. Pode ser baixado gratuitamente no link da Carta Maior.

Comparando com o Samuel Pessoa que conheci anos atrás, ele parece piorar, tornar-se mais ressentido, agressivo, intolerante, autoritário. Não o leio quase, mas hoje me disseram que seus artigos também vêm se tornando mais religiosos, como em um recente que alegou que o sucesso chinês resultou de “excesso de liberalismo”! Além da perplexidade com o uso de correlações espúrias, confesso que sinto um pouco de medo ao ver um neoliberal brasileiro, hoje em dia, elogiar o modelo chinês.

Por que a intolerância crescente? Será porque a religião neoliberal enfiada goela abaixo da sociedade brasileira pelo governo Temer sofre a ameaça da resistência democrática em ano eleitoral? Ou será porque o Brasil vem transitando do neoliberalismo para o fascismo, ou pior, para o fascismo neoliberal, se não impedirmos? Com bom humor, o economista André Perfeito vem chamando os neoliberais brasileiros de economistas de pantufas. Torço para que seja só isso.”]

Leia mais

Futuro econômico brasileiro: insistir no que deu errado ou mudar de rumo? Entrevista especial com Pedro Paulo Zahluth Bastos

Estado e neoliberalismo: a aliança que sustenta o capitalismo. Entrevista especial com Alysson Leandro Mascaro

O fascismo vive em nós através do dispositivo do neoliberalismo. Entrevista especial com Rodrigo Karmy Bolton

Austeridade para quem?

“Não é aceitável que se faça um ajuste fiscal focado apenas na previdência, sem qualquer medida que atinja o último andar da sociedade brasileira”. Entrevista especial com Sérgio Gobetti

Neoliberalismo e democracia são incompatíveis. Em 2018, se houver eleição, o discurso neoliberal será enterrado nas urnas. Entrevista especial com Pedro Rossi

Nações Unidas: é preciso pôr fim à austeridade para reequilibrar a economia mundial

“Ingressamos na fase da canibalização do gasto social”

“Privatização de Temer é vender o almoço para pagar o jantar”. Entrevista com Monica de Bolle

Indústria avançada ou bananicultura?

O crescimento sob Lula

Manifesto de economistas defende alternativa à austeridade fiscal

Economistas lançam manifesto a favor da inclusão social e contra políticas de austeridade

Os filhos da desigualdade

Raízes do protecionismo. Artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo

Economia no chão: do ajuste fiscal à recessão. Entrevista especial com José Silvestre

Ajuste fiscal pode levar o Brasil da recessão à depressão, alerta economista

“Não existe ninguém mais ortodoxo no Brasil do que Joaquim Levy”, diz diretor da Casa das Garças

Ajuste fiscal é teologia idolátrica, não é economia. Entrevista especial com Guilherme Delgado

“O ajuste fiscal foi um erro de diagnóstico”. Entrevista com Luiz Gonzaga Belluzzo

Leia também

“Padre de 81 anos é xingado ao citar Marielle durante missa em Ipanema”

Mariella
Credito da foto: http://www.revistaforum.com.br

[Um padre de 81 anos foi interrompido e xingado por dois homens enquanto celebrava uma missa numa igreja de Ipanema, zona sul do Rio, na manhã de domingo, 18, após citar o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL). Os dois foram retirados da igreja e o padre continuou a celebração. O caso não foi denunciado à Polícia Civil. O pároco responsável pela paróquia lamentou o fato de nenhum fiel ter defendido o padre.

A reportagem é da agência Estado, reproduzida por IstoÉ, 19-03-2018.

O padre Mario de França Miranda, de 81 anos, que também é professor da PUC-Rio, estava celebrando a missa das 10h30 na Paróquia da Ressurreição, quando, durante a homilia, citou a vereadora assassinada na última quarta-feira (14), no centro do Rio. “Fiz a homilia normal, explicando um pouco o texto, e citei Martin Luther Kingdom Oscar Romero e pessoas que estão tentando melhorar a sociedade, como Jesus também tentou melhorar e foi assassinado precocemente. O Evangelho fala que o grão cai na terra e dá frutos. Então, eu falei que frutos são esses. Mostrei que quando se mata uma pessoa parece que tudo termina, mas não. No caso de Jesus, ele influenciou toda a humanidade. E frutos também são aquelas pessoas que tentam seguir esse exemplo: que têm uma vida difícil, mas com sentido, e que causam muita paz por fazer o bem”, contou o padre, em entrevista ao jornal “O Globo”.

Quando citou Marielle, dois homens começaram a gritar e xingar o padre. “Quando houve a reação dos dois homens tinha umas 500 pessoas na igreja e eu pensei: tenho que tocar a missa. Não ia ficar preso a um tumulto que lá no fundo da igreja apareceu. Duas pessoas revoltadas. Me xingaram de tudo. Logo, eles foram retirados da igreja e eu consegui recolocar a missa em oração”, afirmou. Ao final da missa, fiéis se solidarizaram com o padre e o parabenizaram pela homilia.

O padre José Roberto Devellard, responsável pela Paróquia da Ressurreição, comentou o caso em texto postado no Facebook. Ele não presenciou o episódio, mas disse que “o sacerdote não falou de partidos nem de ideologias”. “No Evangelho João 12, 20-33 ao entrar no Espírito da Semana Santa, os versículos 24 e 25 falam do grão de trigo, que ao morrer produz frutos. O sacerdote deu vários exemplos, entre tantos o da vereadora Marielle. A homilia foi interrompida por uma pessoa da assembleia, que não gostando usou palavras de baixo calão para ofender o sacerdote, profanando assim o templo”, escreveu. “O padre Mário França é um dos melhores teólogos do Brasil. Foi membro da comissão de teólogos de todo o mundo. Recebeu o prêmio Cardeal Ratzinger de teologia como bons serviços prestados à teologia. Uma preocupação assustou-me: ninguém foi capaz de levantar a voz na igreja para defender o sacerdote!”

O texto, publicado no perfil da Igreja da Ressurreição e acessível a todos, havia gerado 30 comentários até as 17h30 desta segunda-feira, 19, a maioria defendendo o padre. O primeiro deles, no entanto, é uma crítica ao sacerdote: “A igreja não deve se meter com política, ainda mais com essa onda de divisão da sociedade implantada pelo governo… Erro do padre, erro da Igreja”, escreveu um internauta. “Deveriam todos respeitar a igreja, mas não aceito o padre falar dessa senhora, quando estamos vivendo um massacre. Deveria o padre falar em nome de todos… policiais, médico morto na Lagoa etc.”, escreveu outra pessoa. A respeito desse comentário, um internauta alertou: “Cuidado, há um morcego entre os passarinhos!”.]

Leia mais

Rumo a uma nova configuração eclesial. O artigo é de Mario de França Miranda.Cadernos Teologia Pública, N° 71

Miranda. Revista IHU On-Line, N° 297

Mário de França Miranda e a perspectiva de uma nova configuração eclesial

”A Igreja será sinal pelo que falar e pelo modo de viver”. Entrevista especial com Mário França Miranda

Um jesuíta brasileiro e um libanês recebem o Prêmio Ratzinger 2015

Tuitadas

Companhia de Jesus do Brasil solidária com Padre agredido no Rio de Janeiro

“Quem matou Marielle?” Entrevista especial com Bruno Cava, Marcelo Castañeda e Giuseppe Cocco

O segundo assassinato de Marielle Franco

O assassinato de Marielle Franco e a opressão estruturante no Rio de Janeiro

Marielle bate impeachment no twitter

A rotina de violência policial em Acari, denunciada por Marielle

A segunda morte de Marielle

Memento para Marielle, assassinada pela repressão

‘Caso simbólico, Marielle pode servir de inspiração’, diz especialista

Direção dos tiros contra Marielle reforça hipótese de ataque premeditado

Batalhão alvo de denúncias de Marielle Franco é o que mais mata

‘Tudo aponta para possível envolvimento de policiais’, afirma coordenador criminal do MPF no Rio sobre Marielle

Assassinato de Marielle Franco põe Planalto contra a parede

Assassinato político de Marielle Franco reativa as ruas e desafia intervenção no Rio

“Democracia está ameaçada”, disse Marielle Franco em entrevista inédita

‘Ela incomodava pequenas e grandes máfias’, diz colega de partido de Marielle Franco, vereadora morta no Rio

Mulher, negra, favelada, Marielle Franco foi de ‘cria da Maré’ a símbolo de novas lutas políticas no Rio

Marielle presente!

Marielle Franco, vereadora do PSOL, é assassinada no centro do Rio na saída de evento que reunia ativistas negras

Abusos e truculência marcam um mês de intervenção no RJ

A intervenção federal no Rio e a ameaça aos direitos democráticos

Anistia diz que intervenção no Rio é medida extrema, imprecisa e põe vidas em risco

Intervenção federal gera temor em moradores de favelas do Rio

Intervenção federal no Rio desperta fantasmas sobre o papel do Exército

Intervenção com militares no Rio é “licença para matar”, diz Conselho Nacional dos Direitos Humanos

Leia mais ainda

“Companhia de Jesus do Brasil solidária com Padre agredido no Rio de Janeiro”

Marielle
Veja.abril.com.br – imagine esta cena há 30 ou 49 anos.

O Provincial dos Jesuítas do Brasil, Padre João Renato Eidt, SJ, publicou nota de solidariedade com o Padre Mário de França Miranda, SJ,  “diante da violenta agressão sofrida, neste domingo, dia 18, no Rio de Janeiro.

Eis a nota.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” – Jo 15,13

[Nota de solidariedade

Em nome da Companhia de Jesus do Brasil, venho manifestar a solidariedade e o apoio ao Pe. Mário de França Miranda diante da violenta agressão sofrida, neste domingo, dia 18, quando presidia a celebração eucarística na paróquia da Ressurreição, no Rio de Janeiro (RJ).

Queremos ratificar nosso compromisso de sermos construtores de pontes, de abrirmos os espaços para o diálogo. Nesse sentido, estamos envoltos, também, na dor pela qual passa a população do Rio de Janeiro, especialmente as comunidades afetadas pela violência, que partem de todos os âmbitos. Desejamos que o povo do Rio possa, na escuta e meditação da Palavra de Deus, ser sinal da presença amorosa de Deus no mundo. Vivendo os valores do Reino do perdão e da fraternidade, além de estar compromissado com os desvalidos e desprezados da sociedade.

Acreditamos na não violência como postura cristã diante do ódio. Vivamos o amor misericordioso que a todos e a todas acolhe e tudo perdoa. Digamos não à intolerância.]

Leia mais

Padre de 81 anos é xingado ao citar Marielle durante missa em Ipanema

Rumo a uma nova configuração eclesial. O artigo é de Mario de França Miranda. Cadernos Teologia Pública, N° 71

Um teólogo da modernidade Entrevista especial com Mário de França Miranda. Revista IHU On-Line, N° 297

Mário de França Miranda e a perspectiva de uma nova configuração eclesial

”A Igreja será sinal pelo que falar e pelo modo de viver”. Entrevista especial com Mário França Miranda

Um jesuíta brasileiro e um libanês recebem o Prêmio Ratzinger 2015

Tuitadas

“Quem matou Marielle?” Entrevista especial com Bruno Cava, Marcelo Castañeda e Giuseppe Cocco

O segundo assassinato de Marielle Franco

O assassinato de Marielle Franco e a opressão estruturante no Rio de Janeiro

Marielle bate impeachment no twitter

A rotina de violência policial em Acari, denunciada por Marielle

A segunda morte de Marielle

Memento para Marielle, assassinada pela repressão

‘Caso simbólico, Marielle pode servir de inspiração’, diz especialista

Direção dos tiros contra Marielle reforça hipótese de ataque premeditado

Batalhão alvo de denúncias de Marielle Franco é o que mais mata

‘Tudo aponta para possível envolvimento de policiais’, afirma coordenador criminal do MPF no Rio sobre Marielle

Assassinato de Marielle Franco põe Planalto contra a parede

Assassinato político de Marielle Franco reativa as ruas e desafia intervenção no Rio

“Democracia está ameaçada”, disse Marielle Franco em entrevista inédita

‘Ela incomodava pequenas e grandes máfias’, diz colega de partido de Marielle Franco, vereadora morta no Rio

Mulher, negra, favelada, Marielle Franco foi de ‘cria da Maré’ a símbolo de novas lutas políticas no Rio

Marielle presente!

Marielle Franco, vereadora do PSOL, é assassinada no centro do Rio na saída de evento que reunia ativistas negras

Abusos e truculência marcam um mês de intervenção no RJ

A intervenção federal no Rio e a ameaça aos direitos democráticos

Anistia diz que intervenção no Rio é medida extrema, imprecisa e põe vidas em risco

Intervenção federal gera temor em moradores de favelas do Rio

Intervenção federal no Rio desperta fantasmas sobre o papel do Exército

Intervenção com militares no Rio é “licença para matar”, diz Conselho Nacional dos Direitos Humanos

Links para as matérias, pela ordem:

http://www.ihu.unisinos.br/577163-sobre-a-crescente-intolerancia-dos-neoliberais-brasileiros

http://www.ihu.unisinos.br/577151-padre-de-81-anos-e-xingado-ao-citar-marielle-durante-missa-em-ipanema

http://www.ihu.unisinos.br/577164-companhia-de-jesus-do-brasil-solidaria-com-padre-agredido-no-rio-de-janeiro

Deixe um comentário